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GABINETE DE SEGURANÇA HÍDRICA DO RIO DE JANEIRO

Diante do baixo volume de água estocado nos reservatórios do Paraíba do Sul durante as estações de chuva de 2014, a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro criou, em janeiro de 2015, o Gabinete de Segurança Hídrica. A comissão reúne autoridades da Secretaria, além de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), para, em conjunto com os usuários, encontrar alternativas para o consumo sustentável de água e garantir a segurança hídrica no Estado do Rio.

 

Inicialmente, o grupo focou em definir e acompanhar a execução de soluções emergenciais e de curto prazo para os usuários do Guandu, de tal modo que, além de viabilizar a diminuição temporária da transposição de água para o Rio Guandu, elas permitissem, consequentemente, economizar ainda mais as águas estocadas nos reservatórios do Paraíba do Sul. No auge da crise, a periocidade de reuniões era semanal. Atualmente, os encontros são mensais ou bimestrais e têm como enfoque soluções definitivas e de médio prazo para os problemas de captação dos usuários do Guandu.

 

 

Ações desenvolvidas pelos usuários do Guandu

 

Os principais afetados pela redução das águas transpostas para o Guandu foram as indústrias localizadas no Canal do São Francisco (foz do Guandu) . As captações das indústrias no Canal do São Francisco apresentavam entrave para a efetivação das reduções de vazão, em razão do consequente aumento da intrusão salina na foz do canal, que acaba servindo de porta para a entrada de água salgada em um trecho do rio.

 

Essas empresas, para os seus processos industriais, não podem captar água salgada. Quando a vazão do rio foi diminuída para economizar água doce, a água do mar conseguiu avançar mais rio adentro e acabou chegando até o ponto de captação dessas empresas.

 

Por essa razão, o Gabinete de Segurança, inicialmente, focou em reuniões com os usuários da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Santa Cruz e Adjacências (AEDIN) e a Cedae. Nesse contexto, a AEDIN propôs a construção de uma estrutura hidráulica provisória (soleira submersa), com o intuito de barrar o avanço da cunha salina. Adicionalmente, a empresa TKCSA teve que mudar sua captação para um ponto a montante, no mesmo local de captação de outras três empresas (FCC, Gerdau e Furnas). Esse conjunto de obras foi concluído no final de agosto de 2015.

 

 

Estrutura hidráulica provisória (soleira submersa) no Canal de São Francisco para conter a cunha salina

 

 

No entanto, os usuários continuaram com dificuldades para a captação, sendo necessários ajustes na soleira, concluídos no final de 2015. Ao conjunto dessas empresas, o Gabinete de Segurança Hídrica ainda apresentou como uma das soluções definitiva de abastecimento a possibilidade de utilizar água de reúso da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, operada pela Cedae. Ações de médio prazo continuam sendo estudadas, abrangendo tanto a proposta de reúso das águas residuais da ETA Guandu quanto a implantação de uma planta de dessalinização, ou, ainda, a mudança dos pontos das captações para um local livre de impacto da intrusão salina.

© 2016 por Inea | Melhor visualizado na versão mais recente do Google Chrome.

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